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Ex-Presidente francês Nicolas Sarkozy detido para interrogatório
O ex-Presidente francês Nicolas Sarkozy foi detido nesta terça-feira para interrogatório por investigadores anticorrupção, algo sem precedentes numa investigação a um antigo Presidente em França.
Sarkozy, 59 anos, que compareceu perante os investigadores em Nanterre, perto de Paris, para o interrogatório desta terça-feira de manhã, pode ficar detido por um período de 24 horas com uma possível extensão por mais um dia.
No dia anterior, o advogado do antigo Presidente, Thierry Herzog, e dois magistrados foram também detidos por suspeitas de tráfico de influência e violação do segredo de justiça, segundo a agência francesa AFP.
O processo diz respeito a suspeitas de tentativa de influenciar um processo judicial. Os investigadores estão a determinar se Sarkozy e o seu advogado tentaram obter informação de um dos magistrados encarregados do processo, prometendo-lhe um cargo de prestígio no Mónaco.
Suspeita-se ainda que o antigo Presidente possa ter sido alertado para o facto de o seu telefone estar sob escuta durante a investigação ao alegado financiamento do então líder líbio Muammar Khadafi à sua campanha eleitoral de 2007. Pensa-se que Sarkozy, que foi presidente de 2007 a 2012, se prepararia para concorrer de novo à presidência em 2017.
O diário Le Monde relatou suspeitas de que Sarkozy tinha uma rede de “informadores” que o mantinham a par de desenvolvimentos na investigação.
Esta é uma de seis investigações envolvendo o antigo presidente, incluindo um novo processo sobre alegadas irregularidades na sua campanha eleitoral de 2012, em que foi derrotado por François Hollande.
Apesar de haver histórias de escândalos com políticos franceses, a imprensa francesa nota que é a primeira vez que um antigo Presidente está sob custódia policial. Jacques Chirac, por exemplo, chegou a ser condenado, e teve uma pena de prisão suspensa em 2011, mas não chegou a ser detido.
Jornal Público.
PT afunda 10% e para mínimos de 17 anos com risco do investimento no GES
As ações da Portugal Telecom (PT) afundaram hoje 10% para mínimos de 17 anos e meio, continuando a ressentir-se dos potenciais efeitos nocivos do seu investimento em dívida do Grupo Espírito Santo (GES).
A PT, que tem como maior acionista o Banco Espírito Santo (BES), confirmou na semana passada que investiu em papel comercial da RioForte, do Grupo Espírito Santo (GES), antes da fusão da PT com a brasileira Oi, algo que foi visto como um foco potencial de riscos reputacionais.
Ontem, a PT esclareceu que tem uma exposição total ao GES de 897 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, que vence em julho, não tendo sido dada ordem de renovação.
"Esta situação tem várias consequências negativas para a PT: cria um risco de crédito potencial, já que as unidades do grupo estão financeiramente aflitas; levanta grandes questões sobre políticas de tesouraria já que a PT investiu 40% das sua posição financeira num produto arriscado; e outras questões reputacionais", segundo Javier Borrachero, analista da Kepler, citado pela Reuters.
O analista lembrou que "a PT caiu 7,4% em duas sessões ou 210 milhões de euros em valor, subentendendo uma perda de 23% em caso de default, sem mais questões reputacionais".
"Acreditamos que as perdas em caso de default possam ser mais elevadas, já que a Rioforte poderá não ser capaz de refinanciar o papel comercial e poderá ter de recapitalizar dívida ou emitir obrigações convertíveis", explicou o mesmo analista.
http://www.dinheirovivo.pt/Mercados/psi_20/interior.aspx?content_id=4001466
Sempre atualizadas
Estaleiros. Sindicato diz que relatório da comissão inquérito “não é surpresa”
"A posição da Comissão Europeia não deixou ao Governo qualquer alternativa quanto à forma de lidar com a questão dos auxílios passados", refere o relatório da comissão de inquérito
O coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo disse hoje que o relatório que conlui que o Governo não teve "qualquer alternativa" relativamente aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) "não é uma grande surpresa".
"A União de Sindicatos de Viana do Castelo (USVC) estava à espera destas conclusões, pese embora nunca tivéssemos concordado com essa posição porque entendemos que deveriam ter sido encontradas outras soluções, nomeadamente, uma parceria público-privada", disse Branco Viana à agência Lusa.
De acordo com o sindicalista, a solução de uma parceria público-privada "daria garantias de que o futuro da construção naval ficaria assegurado".
"Face à entrega da empresa pública à iniciativa privada, essa garantia é mais falível", sustentou o sindicalista.
O relatório da comissão de inquérito aos ENVC a que a agência Lusa teve acesso conclui que o atual Governo "não teve qualquer alternativa" quanto à forma de lidar com os auxílios estatais à empresa, que classifica como "ilegais".
"A posição da Comissão Europeia não deixou ao Governo qualquer alternativa quanto à forma de lidar com a questão dos auxílios passados", refere o relatório da comissão de inquérito para "apuramento das responsabilidades pelas decisões que conduziram ao processo de subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo".
Segundo Branco Viana, a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos ENVC pelo Governo ao grupo Martifer "acabou por ser um mal menor", considerando ser agora "necessário criar condições" para que a West Sea, empresa criada pela Martifer para geriar a subconcessão, "subsista e encontre encomendas por muitos e longos anos, para garantir cada vez mais postos de trabalho na região".
Em declarações na segunda-feira passada à agência Lusa, o coordenador da USVC disse que o número total de ex-trabalhadores dos estaleiros navais a integrar os quadros da West Sea poderá ultrapassar a centena, até final ano.
"Nesta altura, são cerca de 60 os ex-trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo que já integram os quadros da West Sea, com perspetivas de, a curto prazo, se concretizarem mais cerca a 60 contratações. Até final do ano o número total deverá ultrapassar a centena", adiantou Branco Viana.